OBESIDADE
O mal do século, a doença que transforma pessoas em reféns. Segundo dados da Organização Mundial de Saúde a Obesidade atinge cerca de 50% da população brasileira, desde crianças até idosos.
ENTENDENDO A OBESIDADE
Obesidade é uma condição médica na qual se verifica acumulação de tecido adiposo em excesso, ao ponto de gerar impactos negativos na saúde do paciente, podendo levar ao desenvolvimento de inúmeros problemas de saúde.
Uma pessoa é considerada obesa quando o seu índice de massa corporal (IMC) é superior a 30 kg/m2. Este valor é obtido dividindo o peso pela altura ao quadrado. (colocar link para calculadora)
A obesidade aumenta a probabilidade da ocorrência de várias doenças, em particular de doenças cardiovasculares, diabetes do tipo 2, apneia do sono, artropatias (doenças dos ossos e das articulações) e mais de 13 tipos de câncer.
A causa mais comum da obesidade é a combinação de uma dieta hiperenergética, a falta de exercícios físicos, a susceptibilidade genética, os transtornos endócrinos, medicamentos ou transtornos mentais. Há muitas evidências que comprovam que mesmo as pessoas obesas que comem pouco, ganham peso devido ao metabolismo lento e a uma taxa de absorção alimentar extremamente alta. No geral, as pessoas obesas, independente do consumo de alimentos, captam mais energia do que seus corpos necessitam, levando a necessidades energéticas cada vez maiores para sustentar a massa corporal.
O tratamento da obesidade baseia-se na reeducação alimentar e no exercício físico. A qualidade da alimentação pode ser melhorada com a diminuição dos espaços entre refeições e com a redução do consumo de alimentos ricos em energia, tais como os que têm grande quantidade de gordura e açúcares.
O tratamento clínico orientado por médicos, deve ser o primeiro passo no controle da obesidade e suas consequências. A administração de medicamentos anti-obesidade que visam reduzir o apetite ou diminuir a absorção de gordura, em conjunto com uma dieta adequada e a atividade física, na maioria dos casos são eficazes para o controle da doença.
Quando a dieta, o exercício físico e a medicação não demonstrarem serem eficazes, podem ser consideradas outras medidas, como o balão intragástrico (link balão) e a cirurgia bariátrica (link cirurgia).
A obesidade é uma das principais causas de morte evitáveis em todo o mundo, com taxas de prevalência cada vez maiores em adultos e em crianças. É considerada pelas autoridades um dos mais graves problemas de saúde pública do século XXI. Em grande parte do mundo contemporâneo, particularmente na sociedade ocidental, a obesidade é alvo de estigma social, embora, ao longo da história, já tenha sido vista como símbolo de riqueza e fertilidade.
TIPOS DE OBESIDADE
Existem diferentes graus de obesidade, classificados de acordo com o IMC:
18 a 25: Peso normal
25 a 30: Sobrepeso
30 a 35: Obesidade grau I
35 a 40: Obesidade grau II
40 a 50: Obesidade mórbida
50 a 60: Super obesidade
Maior que 60: Super, super obesidade.
DOENÇAS DA OBESIDADE
A obesidade, além de ser uma doença extremamente perigosa por si só, é considerada a porta de entrada para outros diferentes quadros clínicos.
Dados do Ministério da Saúde revelam que cerca de 43% da população brasileira está acima do peso e, número de pessoas acima de peso vem crescendo cada vez mais. Com isso, há também um aumento proporcional do risco de desenvolvimento de outras doenças, que estão relacionadas à obesidade. Essas doenças são chamadas de comorbidades e direta ou indiretamente, expõem os pacientes obesos a riscos de complicações que podem reduzir a expectativa de vida.
O excesso de gordura no corpo desencadeia problemas de saúde que poderiam ser evitados. Em muitos casos, com a perda de peso as comorbidades são curadas, porém, em outros - como no caso do infarto, por exemplo – os danos são irreversíveis.
Confira algumas das doenças que podem ser geradas pela obesidade:
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Diabetes Tipo II
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Pressão alta
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Doenças cardíacas
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Colesterol alto
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Infertilidade
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Infecções da pele
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Artropatias (doenças dos ossos e articulações)
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Câncer/neoplasia (link)
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Pedras na vesícula biliar
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Trombose
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Apneia
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Esteatose hepática
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Depressão
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Asma
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Gravidez de risco
ANSIEDADE
Atualmente a ansiedade é um dos motivos que geram grandes instabilidades emocionais e o sentimento de insegurança.
A ansiedade, algumas vezes, gera a sensação de estômago vazio, medo e transpiração, levando algumas pessoas a comerem mais, para aliviar esses sintomas.
Para tentar eliminar essa angustia, a pessoa geralmente busca alimentos que causam a satisfação emocional e o bem estar físico (estômago cheio), tais como doces em geral, priorizando os chocolates e/ou pratos salgados ricos em gorduras.
Em outras palavras podemos dizer que a ansiedade aumenta a secreção de alguns hormônios e a diminuição de outros, por isso, em alguns casos é essencial o acompanhamento psicológico de pacientes em tratamento contra a obesidade, evitando assim medo, stress e outros sintomas associados.
O tratamento psicológico adequado contra a obesidade proporciona uma reestruturação emocional, associado ao desenvolvimento de técnicas para lidar com questões interiores e promover a busca para compreender o que levou a compulsão alimentar. Neste caso classificamos a ansiedade como um sintoma secundário e influenciador de doenças ligadas à Obesidade.
Dentre as doenças psicológicas mais comuns podemos citar a Ansiedade Social e a Depressão, cuja reação mais comum aos sintomas é buscar alivio na comida.
OBESIDADE NA GRAVIDEZ
Hipertensão, diabetes e outras doenças podem tornar a gestação muito mais complicada. Também não podemos esquecer que a obesidade leva, por alterações hormonais, a dificuldade em engravidar tornando o sonho da maternidade por vezes impossível.
Antes ou durante a gravidez, o sobrepeso ou obesidade, é fator de risco durante todo o período gestacional, pois grande parte das mulheres grávidas e obesas, tendem a desenvolver diabetes gestacional, eclampsia e depressão pós-parto.
Essas pacientes deverão ser orientadas para um tratamento adequado, a fim de preservar sua saúde e a saúde do bebê.
MUDANÇA DE HÁBITO
A mudança de hábitos é essencial para os pacientes submetidos a Redução de Estômago (cirurgia bariátrica). Encontrar o equilíbrio entre uma alimentação balanceada, saudável e rica em nutrientes, a pratica de atividades físicas, bem como o acompanhamento psíquico e clínico, é o segredo para o sucesso permanente dos tratamentos cirúrgicos. O mesmo se aplica aos tratamentos não cirúrgicos como por exemplo o balão intragástrico deglutível.
Obesidade não tem cura, tem tratamento e o tratamento é para toda a vida!
A boa notícia é que após o tratamento tudo torna-se muito mais fácil e, principalmente, mais efetivo e agradável!
Mude de vida, mude os seus hábitos!